Indignação

Família de Capão do Leão denuncia violência médica

Situação teria ocorrido na noite de quinta-feira, no Pronto Atendimento municipal

Foto: Divulgação - Criança ficou com marcas após o médico utilizar de força para segurá-la

Por Vitória de Góes
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O relato de uma família quanto a um caso de violência médica em Capão do Leão vem causando indignação nas redes sociais. Em um vídeo, a mãe Ingrid Lopes, conta que ao levar o filho de quatro anos para realizar um exame de ultrassom no Pronto Atendimento do Município se deparou com uma situação de agressividade por parte do médico que realizaria o procedimento. O fato teria inclusive deixado ferimentos no corpo da criança.

Segundo Jhulian Ferreira, que também é vereador, sem partido, em Capão do Leão, a sua esposa Ingrid foi sozinha até o local com uma requisição para a realização de um ultrassom na criança. Em relato, a mãe diz que no momento do procedimento a criança ficou inquieta, gerando uma atitude inesperada do médico. "O médico foi extremamente grosseiro, simplesmente pegou o Mathias pelos braços, tanto que deixou com o braço roxo, colocou ele contra a maca, disse que não ia soltar até que ficasse quieto", relata a mãe.

Ainda, de acordo com Ingrid, também houve agressões verbais contra ela. "Disse que eu deveria ter controle sobre o meu filho e que esse tipo de criança se torna usuário de drogas quando cresce", desabafa. Com isso, ela começou a chorar e ligou para Jhulian buscá-los no local.

"Fui até lá. Falei com ele que a questão não era em nenhum momento questionar os critérios médicos dele, mas estava reclamando da conduta que ele teve em relação à criança", relata o vereador. Ele defende que o correto seria orientar a mãe para levar o filho em outro momento, já que a criança não estava confortável. "Qual é a necessidade de um médico chamar a criança de mal educada? Não tem precisa dessa tortura psicológica com a mãe e com a criança", diz.

Após o ocorrido, o casal se dirigiu a Pelotas para registrar um Boletim de Ocorrência na 18ª Delegacia Policial de Pronto Atendimento (DPPA), onde também foram orientados a realizar exame de corpo de delito na criança.

O que diz a gestão municipal
O secretário de Saúde Renato Costa explica que o médico em questão é contratado pelo Município através de uma empresa terceirizada e vai até Capão do Leão a cada 15 dias somente para realizar esse exame. "Tem demandas muito reprimidas, então nós contratamos um médico para fazer ultrassom para aliviar um pouco essa situação", detalha.

De acordo com ele, por se tratar de um atendimento médico, a diretora do Pronto Atendimento não estava no local no momento do ocorrido. Também defende o posicionamento do vereador Jhulian de que diante da situação, o melhor seria orientar o retorno em outro momento. "Nós agora vamos abrir um processo investigativo para entender se houve mesmo culpa do médico para então romper ou não esse contrato que a Prefeitura possui com ele". Ainda, caso ocorra o rompimento, o Município tende a ficar sem a realização desse tipo de exame por tempo indeterminado até que a Prefeitura feche outro contrato.

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